quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Conselheiro sobre Belluzzo: 'É para impeachment'

Piraci Oliveira, da oposição, diz que presidente descumpre orçamento e pede punição

O conselheiro Piraci Oliveira, que defende o impeachment de Belluzzo

O conselheiro Piraci Oliveira, que defende o impeachment de Belluzzo

Marcelo Damato
Marcelo Damato SÃO PAULO
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A oposição do Palmeiras, fora do poder desde a primeira metade do primeiro mandato de Affonso Della Monica, resolveu subir o tom e tentar uma medida muito mais radical: reprovar as contas do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo e provocar seu impeachment.

A justificativa para o movimento é que o presidente palmeirense está descumprindo o orçamento em dezenas de milhões de reais e faria uma gestão temerária.

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Segundo Piraci Oliveira, advogado e aliado do ex-presidente Mustafá Contursi, este é o pior ano da história recente do Palmeiras, do ponto de vista financeiro.

Apresentando dados que ele garante serem a reprodução dos balanços e demonstrativos do clube (que não confirma nem nega), Oliveira afirma que desde o fim de 2004, as dívidas explodiram, as receitas minguaram, devido a sucessivos déficits milionários.

O déficit deste ano, apenas até o fim de setembro, superou a marca dos R$ 18 milhões. Até o fim deste ano, pode superar R$ 25 milhões.

Oliveira diz que o mais grave é que a proposta orçamentária do clube previa um superávit de R$ 4,7 milhões para este ano. E quem realizou a proposta foi o então diretor de planejamento do Palmeiras. Seu nome? Luiz Gonzaga Belluzzo.

– O descumprimento é tão grande que, se o Conselho Deliberativo não reprovar essas contas, é para se discutir qual é sua função.

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A votação, contudo, não deverá acontecer antes do fim de março. Apenas no segundo bimestre do ano, o Conselho Deliberativo irá se reunir para discutir as contas. O balanço do clube primeiro irá passar pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), que emitirá um parecer. Em seguida, o parecer será discutido pelos cerca de 300 conselheiros do clube.

A política terá peso na decisão. Parte dos conselheiros vota mais de acordo com suas alianças do que com os números. Neste momento, não está claro como está dividido o Conselho. Em 2010, se saberá. Se as contas forem aprovadas, ninguém mais poderá contestá-las.

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